Uma produção Italiana dividida em duas partes. O filme navega pelo fascismo, comunismo e outras situações políticas na Itália, até o Partido Democrata Cristão!
Este filme particularmente me leva a certas analogias com outras obras, como Os Miseráveis de Victor Hugo, o lirismo de " O Carteiro e o Poeta bem como Cinema Paradizo".
Primeiramente, gosto muito da língua Italiana, aquele sotaque maravilhoso, as gesticulações características dos Italianos.
O filme mostra àquelas ruas- uma tonalidade de certa forma carregada na fotografia- sua arquitetura parte barroca parte herdada da burocracia como castelos e etc.
Don Zeno é o persoanegem, advogado, e, posteriormente, torna-se Padre( embora eu siga outro credo que não seja o da Igreja Católica) não posso fechar os olhos ao movimento iniciado por este Padre, rebelde, em sua luta contra a pobreza, sobretudo, as crianças. Não tinha papas na língua, pra tudo havia uma resposta, sempre argumentada no evangelho.
Numa das tantas missas celebradas por ele, ao iniciá-la reparou que a Igreja estava totalmente enfeitada por tecidos caríssimos. Num ímpeto, condizendo com seu perfil, ele arranca brutalmente os enfeites e pergunta aos fiéis: - Tantas crianças passando fome, descalças, analfabetas e vocês não percebem?
-É o dia da Santa Imaculada, argumentou alguém lá do fundo.
Para Don Zeno o importante era a justiça, a igualdade.
Um detalhe: Os católicos achavam ele comunista e estes o achavam radical de direita.
Bom filme, Don Zeno !!!
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