Os loucos eram tratados como possuídos do demônio e, como tal, abandonados, quando não, e com frequencia, presos como se fossem criminosos. Apesar da oposição médica, Pinel insistiu em substituir as práticas desumanas pelo tratamento racional dos doentes mentais, abrindo novos caminhos para psiquiatria, ensina Azimov. Os agitados, tidos como furiosos, eram trancafiados em cadeias e muitas vezes visitados pelos curiosos como personagens de espetáculo circense.
A Revolução Francesa nomeou-o diretor do hospital Bicêtre. Pediu à assembléia licença para retirar as correntes que de forma desumana eram usadas como castigo aos doentes mentais, encerrados em masmorras subterrâneas: " São violentos e insensatos porque estão acorrentados", afirmou, antecipando-se ao moderno enfoque para a doença mental.
Em 1791 publicou um trabalho sobre alienação mental, talvez, chamar-se, na área jurídica, o psiquiatra de alienista.
No início da sua vida, estudou e lecionou matemática e pretendeu fazer uma classificação de doenças, influenciado pelas idéias de Lineu. Só 50 anos mais tarde sua obra foi reconhecida no cenário dos distúrbios da mente, maxime com o aparecimento de Freud.
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