quinta-feira, 3 de março de 2011
Um Happy ?
Chego na padaria, meu irmão,
apenas por chegar.
Cadê a grana, pra levar o pão,
meus pivetinhos estão esperando,
Saco só o ambiente,
Estudo as possibilidades,
Gente entrando e saindo,
Neguinho deixa sacola no balcão,
Deu bobeira no pagamento,
até mais seu trouxa,
aqui vou eu.
Olho agitado o terreno,
E se os homens “parecer”?
Pô, meu irmão,
Deixa de pensar negativismo,
Esqueceu,
Que ainda tem o jaguaba
do meio dia e o da noite?
Tropeço daqui e caio lá,
Tomara que caia em minha cabeça,
Um disco voador,
Os ETS ,meus camaradas,
Cantem pra mim,
O número da pedra,
Eu ganho sozinho na mega sena.
O branquelo aqui,
Vai dar uma de bacanão,
Só não posso deixar
De enfrentar a morte e
a vida, com sua podridão.
Desde criança,
Olha só, rapaziada,
A morte é minha irmã.
Se eu viver mermão,
Sem esta sombra,
De tédio vou morrer.
Eu e a morte
Somos inseparáveis.
Preciso respirar, cheirar,
Sentir, sua presença.
Enquanto o homem,
Lá de cima, não me chamar,
Vou dando os rolés.
Meus pivetinhos,
Vou deixar,
Pra vovó cuidar.
Aí brother...
Quer comprar este roleflex
do Paraguai?
E pra sua mina,
Um diamante da China!
Neste carrão, na pista preta,
Vou até o fundão.
Uma melancolia,
pior que o cheiro da morte,
toma conta de mim.
Sinto saudades,
Daqueles “carrão”, meu irmão,
Que eu pegava
na escuridão.
Minha sintonia,
Com os ETS,
Confundiu, minha cabeça.
Ganhei muita grana,
na casa da sorte.
Preciso voltar à ativa,
Esquecer este episódio,
Comecei a dar rolé,
É mole,
No meu próprio ser.
Saca só que situação,
Enquanto o homem,
lá de cima,
não me chamar,
vou cair na rua,
mermão, onde é o meu lugar.
Preciso sentir o cheiro
Do risco e da morte,
Sem isso, mermão,
Minha vida
Fica sem sentido !
Miquito Mendes !!!
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