segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Eu quero ....




Explodir trilhões de vezes,
Vezes 1 em partículas.
Mochila nas costas,
Dedão pedindo carona,
Vou para o desconhecido,
Onde me sinto atraído.
Quero novos experimentos
em minha vida.
Vou ser cobaia naquele laboratório,
quero sentir a mordida vampiresca.
Me perco na total
incapacidade de flutuar,
e vencer a força gravitacional
todinha bêbada,
numa loucura alienígena.
Inspiro a fumaça mágica,
Que me transforma num
balão sub-territorial,
percorro , então, aqueles quadrantes circulantes.
Outra fumaçada mágica,
e disparo a rir,
Vendo a cachoeira fazer xixi.
Insensível, vejo o mundo,
Preso numa gaiola,
Ajoelhado,
Pedindo perdão.
Mochila nas costas,
dedão pedindo carona,
vou parar naquele lugar.
Sentado olho o mar,
Vejo as caravelas romanas
comandadas por Cleópatra,
sendo consumidas pelas
chamas olímpica,
com um
Marco Antonio todo defumado.
Outra caravela cheia de Japas,
fotografam as baleias,
com aquele sorriso maligno,
e aspecto indigno.
Vejo lá ...
Napoleão na Ilha Santa Helena,
e
Yuri Gagarin abanando a mão do espaço ,
Usando um marca passo.
Outra cena,
chamou atenção:
A Penélope charmosa
Como juíza da luta
entre
O Golfinho e o rato Mickey Mouse.
Mais espantado,
Uma nave tripulada
por deputados,
numa expedição,
pra estudarem o real
significado da ética,
quê pra eles,
é irmã da Patética.
Meu sanduba e a fumaça mágica
acabou.
Xá ir embora !!!

Miquito Mendes !!!

Cinema : QUILÔMETROZERO !!!




Quilômetro Zero é uma co-produção da França com a região curda do Iraque. E fala da opressão do regime de Saddam Hussein sobre os curdos, e a guerra Irã-Iraque.

Filme lírico, engraçado, surreal, além de mostrar o poder e o culto ao ditador Saddam Hussein, que posteriormente quase foi absolvido pela opinião pública, com a invasão do desastrado George W. Bush no Iraque !

Outra parte interessante do filme, é sobre a escolta do corpo de um soldado morto, com dois acompanhantes fazendo a escolta. O jovem soldado Curdo, este um personagem importante no enredo, com o motorista Árabe. Ao longo da viagem, vão pondo suas diferenças ideológicas pra fora.

Com a participação da belíssima atriz Belçim Bilgin que é Turca.

Interessante !!!

Cinema: Não Me Abandone Jamais !!!




Filme intrigante, com doses de suspense, em determinado momento o roteiro se perde quando se forma um triãngulo amoroso, porém entra nos trilhos novamente. Filme basicamente de ficção, cuja história gira em torno de preparar doadores de órgãos. Para tanto, existe um colégio internato, ali os estudantes são preparados para seu futuro: Doadores.
Filme que é abrilhantado pelas presenças belíssimas de : Carey Mulligan e Keira Knightley( acho uma das mulheres mais belas do mundo).

Vale a pena ver !

Presidente Dilma Rousseff: Não farei concessões com direitos humanos !!!



- Não negociarei com os direitos humanos,segundo a presidente Dilma Rousseff, não farei concessões nesta área. E tampouco aceito que direitos humanos possam ser vistos com restritos a um país ou região. Devemos observá-los tanto em nosso país como no resto do mundo. Não se pode adotar dois pesos e duas medidas. Os países desenvolvidos já tiveram problemas terríveis, e citou: em Abu Ghraib, em Guantánamo, mas TAMBÉM CREIO QUE APEDREJAR UMA MULHER NÃO SEJA ALGO ADEQUADO- SOBRE A POLÍTICA ADOTADA POR AQUELE FANÁTICO E LOUCO DO IRÃ-


OBS: espero que os ventos que varrem o mundo contra os ditadores, chegue rápido no Irã, o ditador deste país é uma séria ameaça ao mundo !!!

E estas obras faraônicas que estão querendo fazer???




Vejam só, se não é caso de polícia. Estão ou vão mesmo torrar nosso dinheiro , advinhem para quê???

Construção de um prédio de fazer inveja a Xangai para o Tribunal Superior Eleitoral(TSE), a Polícia Federal, o BNDES, a Agência Nacional de Aviação Civil e para nosso Ministério da Cultura.

Valor: R$ 1,4 bilhão de reais.

PRESIDENTA DILMA, FIQUE DE OLHO NA RAPAZIADA, caso seja preciso use o poder da sua caneta, demita os caras, não permita tais abusos!!!

sábado, 29 de janeiro de 2011

Vejam como alguns senadores nossos são sacudidos !!!




UM EM CADA 4 PARLAMENTARES DEIXOU DE COMPARECER A MAIS DE 110 SESSÕES, PODE?

Cruel.... hilário? Ou uma puta sacanagem as atitudes destes senadores? Uma análise estatística pelo site do congresso revela que 1 em cada 4 parlamentares ficaram mamando nas tetas do povo brasileiro, deixando de comparecer o equivalente a 1 ano de mandato nas sessões de votação na atual legislatura.

Alguns exemplos:

Senador Magno Malta( PR-ES) aparece em 1º lugar , com 166 ausências: 116 licenças e 50 faltas.

Senador Fernando Collor(PTB-AL)aparece em 2º lugar, com 164 ausências: 130 dias de licença e 34 faltas .

A senadora Marina da Silva do PV, candidata à Presidência nas eleições de outubro aparece em 3º lugar com 162 ausências: 134 dias de licença e 28 faltas.

O senador Sérgio Guerra presidente nacional do PSDB(PE) com 174 ausências: 101 dias de licença e 46 faltas.

A lista é enorme, vamos parar por aqui.

Gente, é tanta licença que os caras pedem, dá até vontade ser senador.

Obs: Se um dia estes senadores forem jogar futebol , serão expulsos rapidinho do campo, pois cometem muitas faltas.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Todos tem uma Musa !!! ( Reeditado )




Onde está a minha? Já procurei nos lugares mais encantados e desencantados deste mundo. É uma procura inútil?...mesmo assim, não permito-me desanimar e ficar desesperançado. Por onde vago, atento estou. Ouço. Meus olhos já um tanto cansados invadem os mínimos detalhes. Quem sabe lá se encontra minha musa?...ou é apenas uma lenda( que me fascina) sobre todos terem sua musa e portanto buscar a inspiração nela?
Cá comigo penso: pode ser e deve ser uma visão totalmente simplista, esta analogia, porém constatada. Para cada pé existe um sapato, o olho e a remela estão sempre se encontrando. Este axioma seria um consolo pra este peregrino?
Se estou sentado à beira da calçada, minha atenção fica redobrada. Lá no meio daquela multidão poderia estar minha musa? Alguém repara em mim?...ou sou um fantasma?
Meus olhos de caçador observam. Vejo aqueles sorrisos, a conversa, às vezes ao pé do ouvido, gesticulando, fumando, atendendo o celular, tirando da bolsa um pequeno espelho, pára, pega o batom, faz tipo um beicinho, os lábios aceitam de boa aquele agrado, sorri novamente e segue adiante. Continuo sentado ali. Ninguém me repara?
É um ciclo, dia e noite, meses e anos. Como posso ser alguém se não tenho a minha musa? Porquê todos têm e eu não?
Os escritores Gregos visitavam OLIMPO : nome de várias montanhas situadas ao norte da Grécia, lá criaram verdadeiros clássicos inspirados em Zeus e Hera.
Alexandre Dumas inspirou-se em sua musa e nasceu a obra A Dama das Camélias.
E eu?...continuo sendo um fantasma?
HO CHI MINH o poeta e guerreiro Norte-Vietnamita teve como fonte de inspiração sua musa que se chamava: Independência.
E eu?...
O Jogador, obra conhecida universalmente, de Dostoiévski , teve como musa inspiradora o Carteado.
Momentos existem( momentos passageiros) que perco a fé. Sou apenas um ser humano ( nada de auto-piedade) , já não caminho como antes, meus passos são arrastados. Teimo( ainda) em procurar minha musa, chova ou faça sol.
Será que alguém quando encontra sua fonte de inspiração ou sua musa deram-lhe uma dica ou foi obra do acaso? ....existe o acaso?
Estou ficando louco? É possível...
Mais um tempo passou, vieram as estações do ano, se repetiram, e mais outras. Decidido, desisti. Quem tem uma musa é merecedor. Resignado fiquei por mais de dez anos, apaguei das minhas memórias esta ilusão, sim, cheguei a conclusão que era uma miragem criada em minha cabeça.

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Naquela madrugada chuvosa, pouco antes das duas horas, resolvi caminhar debaixo daquele temporal, me encontrava agitado, quando não, era insônia,ou pesadelos terríveis me invadiam, acordava gritando. Que vida !!!
Noite assustadora para alguns, contudo sentia-me bem, solitário, caminhando debaixo daquela chuva incessante.
Naquela rua estreita e comprida, corria tanta água da chuva que parecia um córrego . Tive impressão que ouvi um grunhido, porém os ecos do trovão deixaram-me confuso. Não devia ser nada. Fui caminhando com passos lentos, queria absorver de todas maneiras possíveis ,àquela água adentrando por debaixo de minha roupa até chegar aos sapatos e penetrar nos pés.
Outro grito ou grunhido, não, parecia um soluço ou choro? Parei de caminhar. Prestei atenção, será que era imaginação ? Estaria delirando ou febril? ...ou influência daquela noite escura como breu? O vento assoviava e arrastava pequenos objetos dos paralelepípedos. Continuei a caminhar , sem rumo ,naquela escuridão.
Um relâmpago cruzou o céu, por décimos de segundos a noite ficou clara. Sem querer olhei para aquele aguaceiro batendo com violência em minhas pernas, outro grito ou gemido, ouvi perfeitamente, fui logo em sua direção, desta vez não era imaginação. Descendo pelas águas da chuva uma pequena trouxinha embrulhada , forcei a vista, agachei, apalpei, toda encharcada, parecia ser uma criança...e era mesmo. Tentei acender o fósforo, queria realmente me certificar, mas o vento não deixava, outro gritinho, era sim, uma criancinha.
Corri o mais que pude contra àquela ventania que havia aumentado muito com a chuva.
Dentro de casa, desembrulhei aqueles panos rasgados e sujos, àquela criança miúda e esquelética estava com os lábios e todo o rostinho roxo. Será que ia morrer?...ou estava morrendo? Outro soluço. Passei um pano em seu corpinho frágil e a enrolei em um cobertor. Fiz de tudo para aquecê-la, passados uns minutos tive impressão que ela estava reanimando. Passava minhas mãos levemente em cima da coberta, para aquecer, parecia fria como a morte. Meu Deus, não permita, por favor, não permita. Não sabia exatamente o que fazer , como agir naquela situação que era totalmente nova pra mim, e o tempo piorava e piorava, parecia que o mundo ia acabar. Meus dedos percorreram seu rostinho, suavemente, o dedo minguinho passou na sua boca, ela abriu e começou a chupar. Só podia estar com fome, aquela boquinha sugava meu dedo e como sugava, dei de sorrir e também me emocionei. Um pequeno esforço e retirei o dedo, parecia que àquela criança possuía uma forcinha, pois tragava o dedo como se não quisesse que eu o tirasse. Mas era preciso.
Esquentei um copo de leite , peguei uma colher pequena. Do meu jeito consegui colocá-la no meu colo. Precisava ser alimentada. Sua boquinha estava aberta com os olhinhos quietos. Levei a colher com leite em sua boca, estranhei, não fez nenhum gesto como há poucos minutos atrás, com o meu dedo. O leite derramou, ela não engoliu. Tentei novamente, e novamente. O leite esparramava na sua boca ou caía do lado. Pus o dedo minguinho novamente em sua boca. Aí assustei, e comecei a chorar.
- Vamos...vamos, reaja !!!
Apertei aquele embrulhinho no meu peito. Abracei. Esfreguei a mão em suas costas por debaixo do cobertor.Fui esfregando...esfregando....Um soluço quase impossível de ouvir, a pequenina soluçou? Será?...ou minha angústia era tanta que me roubava os sentidos?
Fui fazendo a massagem por longos minutos. Soluçou sim....e começou a chorar. O que havia acontecido? Até o dia da minha morte levei comigo esta lembrança.
Engraçado como é a vida ou os valores que estabelecemos pra ela.
Durante tantos anos incansavelmente procurei minha musa, e fui achá-la jogada nas águas, abandonada.
Por quase quinze anos ela foi minha inspiração, minha esperança e alegria. Àquela solidão doída desapareceu, o sorriso retornou aos meus lábios. Brincávamos sem parar até o sono derrubá-la. Muitas horas, durantes estes quinze anos, ficava à beira da porta do seu quarto, quando estava dormindo, olhando-a e agradecendo por aquele dia chuvoso. Minha musa dormia tranquilamente o sono dos anjos.

Miquito Mendes !!!

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Um bate papo na esquina !!!



Dois amigos de longa data, há muito tempo não se encontravam. Naquela esquina deram de frente, foi a maior festa. Abraçaram-se. Um deles havia mudado fazia mais de trinta anos, aposentou-se e retornou para a cidade de ambos, não se viam desde então, como disse acima. Regulavam de idade, pois eram amigos de infância inseparáveis, por alto deviam ter uns 55 anos.
- Cara , é você mesmo? Não acredito no que estou vendo,
- Sou eu mesmo, Rubião, o Siqueirinha.
- Que prazer, Siqueirinha, sabia que já faz quase 6 meses que estou morando aqui? Antes de aposentar-me construi minha casa , neste lugar maravilhoso.
- Não sabia, ninguém me disse nada.
- Verdade, cara, quando morava no Sul à trabalho, fui construindo aos poucos minha casa. Quero viver o resto da minha vida neste lugar.
- Bacana...
- E você, Siqueirinha, o que tem feito da vida? Já aposentou?
- A pergunta certa, Rubião, seria você perguntar o que a vida tem feito de mim.
Os dois amigos caíram na gargalhada.
- Então não aposentou?
- Ih, que nada...continuo apenas sobrevivendo...do meu jeito, mas sobrevivo.
- Ainda é boêmio?
- Desde quando estava dentro da minha mãe, respondeu sorrindo alegremente.
- Casou?
- Quer repetir?
- Casou?
- Eu casar, Rubião?... é mais fácil nascer dentes em galinha ou urubu deixar de comer carniça.
- É cara, você não mudou nada, nem namorar firme você namorava quando éramos rapazes, e por falar nisso, lembra que você roubou minha namorada, Siqueirinha, naquele dia do aniversário dela? Ela nem te convidou, você foi de lambido comigo e acabei dançando...
- Mas Rubião, pra quê casar, me explica a lógica.
- Não tem nada de lógica, é um processo natural, ora,
e te digo ainda que sou um homem plenamente realizado com meu casamento.
- Parabéns, Rubião, você é um dos poucos que afirmam tão categoricamente que é feliz. Quantos filhos você tem?
- Um casal !
- Sua esposa é de onde?
- Eu a conheci na Universidade de Oxford, na Inglaterra, quando fazia meu PHD, mas ela é brasileira, família lá do Sul. É engenheira também.
- Muito bem, você é um cara realizado.
- Vamos combinar um dia , você ir lá em minha casa jantar conosco, conhecer meus filhos e minha esposa.Ah, e leve o violão. Sério mesmo, Siqueirinha, você não casou ou não deu certo?
- Rubião, a vida é muito boa pra gente desperdiçar com uma pessoa somente, a não ser que você leve uma vida no paralelo.
- Como assim?
- Tenha uma amante ou duas, até três ...Além do mais pensa bem, uma mulher ou homem , agüentar o outro um milhão de anos? Puta que pariu,
- Filosofia extravagante a sua, concorda?
- Pensa...pensa, Rubião, a gente ouve dizer que neguinho fez boda disso, daquilo, não sei quantos anos estão casados, e numa imbecilidade que foge ao bom senso, eles têm a coragem de ir à Igreja casarem de novo, tem lógica, me diga, Rubião, tem lógica? Não estão nem agüentando ficar de pé de tão velhos, quanto mais transarem...sem argumentos !
- Deixa pra lá, Siqueirinha, mas você há de convir que pular de galho em galho, estressa, agora é minha vez: te pergunto, to errado?
- Tá e não tá !
- Por quê?

Siqueirinha pensou um pouco, deu uma cuspida de lado.

- Por exemplo, eu não te digo que estou apaixonado, mas conheci uma mulher, um monumento, monumento de deixar o queixo caido, e olhe que você me conhece bem, pra uma mulher deixar-me impresionado tem que ser uma Àguia, Rubião, pra mim, até hoje,foi a mulher mais com-ple-ta que encontrei em minha vida. Completa dos pés a cabeça, a única coisa que não combinamos é sobre música, gosto de seresta, ela de músicas clássicas.
- Tá vendo? – respondeu Rubião sorrindo- Minha mulher é 100 por cento de prazer, calma, culta, fala seis idiomas, acho até que passa dos 100 por cento de tão legal ela é. Quando você for lá em minha casa, leva sua paquera pra gente conhecer?
- Querer eu até queria, mas prefiro ir só, sabe como é estes lances de paqueras amoitadas, onde ninguém pode saber,
- Cheio de mistério, só pode ser você mesmo, Siqueirinha, não mudou nadinha nestes anos todos. Tem momentos que até invejo você!
- Quer que eu pergunte a minha amiga se ela tem alguma colega?
- Pelo amor de Deus, quer acabar com meu casamento? Pára com isso, minha mulher tem tanto ciúmes de mim, chega ao cúmulo de cheirar minha roupa pra ver se tem perfume diferente, pergunta onde vou, se atraso quer saber porque cheguei atrasado em casa. Olha nos bolsos dos meus paletós, calças, pra ver se encontra alguma coisa.
- Puta que pariu, Rubião, sua mulher pelo que voce fala é obsessiva .
- Obsessiva? Multiplica por mil.
- Rubião, com toda sinceridade, não vai me dizer que depois de casado você nunca deu uma gafanhotada por fora?
- Palavra que não, nunca mais experimentei outra, e também nunca me interessei- Rubião levantou sua mão direita como se tivesse prestando juramento perante à bíblia sagrada-
- Quer dizer Rubião, aconteça o que acontecer, vocês estarão sempre juntos, é isso? Seja na doença, morte, ficar sem grana e etc,
- Porra, Siqueirinha, pàra de agourar !
- Me faça entender uma coisa, Rubião, os preceitos do casamento diz, é bem claro, em qualquer situação estarão juntos, não é?
- É...
- Agora te pergunto, e você vai me responder com toda honestidade,
- Pode perguntar o que quiser,
- E se você fosse, veja bem é uma hipótese, claro que nunca vai acontecer, mas..mas vamos dizer que aconteça,
- O quê?... fala logo.
- E se você levasse um chifre da sua esposa do tamanho de um elefante? Como é que ficaria a situação?
- Você é radical, vê se isso é pergunta que se faça, só me faltava essa.
- Você não me respondeu,Rubião, pelo contrário, ficou puto da vida, qual seria sua reação?
- Siqueirinha, você é sádico,recalcado, você está medindo-me pelo que já passou na vida, pelos chifres que você já deve ter levado .
- Concordo, Rubião, levei muita chifrada nesta porra de vida louca.

Siqueirinha era por natureza cético e cínico, embora fosse uma pessoa agradável de dialogar, lia muito, possuía uma vasta cultura,sobretudo no que tocava ao assunto músicas, cantores, aquele cinismo característico dele , em certos momentos ele conseguia disfarçar.
Já Rubião, era o contrário em determinados aspectos, intelectual, estudou no exterior,dono de carro importado, quase que o avesso do Siqueirinha, mas a amizade de infância ainda permanecia.
Num repente, Rubião olhou as horas ,
- Vamos tomar uma cerveja, Siqueirinha, ainda é cedo para o almoço. Vamos relembrar os velhos tempos.
Pra resumir, já passavam das 18 horas, todos os dois bêbados, estavam ali naquela mesa desde as 10 horas e pouco da manhã.
- Siqueirinha, um dia destes vou sair com você numa seresta.
- Inclusive pra sua mulher, Rubião !
- Sim, sem dúvida, a 1ª serenata será pra ela.
- Sua mulher é romântica?
Rubião pensou um pouquinho.
- De um romantismo na cama Siqueirinha, que você não pode imaginar....é completa....super completa....
- Quanto tempo de casado, Rubião?
- 21 anos...mas parece que foi ontem, por falar neste assunto Siqueirinha, você precisa assentar a cabeça, arrumar uma mulher do tipo da minha, palavra de honra meu amigo, não estou exagerando, minha mulher é perfeita, falta ler meus pensamentos....
- É...é, Rubião, vou pensar com carinho no seu conselho. Como você disse: assentar minha cabeça....
E as horas foram passando, chegava próximo às
23 horas. Rubião completamente bêbado, Siqueirinha menos, pois estava acostumado àquelas noitadas, sua vida era assim.
- Aqui pra nós, meu amigo Siqueirinha, arruma uma mulherzinha pra mim. Na escondida.- e pôs o dedo na boca sinalizando segredo-
Siqueirinha riu lembrando das palavras do seu amigo sobre seu casamento ser perfeito, bastou ficar bêbado pra botar o lixo pra fora.
- Esta amiga sua não tem uma colega, Siqueirinha?
Alguns minutos depois, um carro parou em frente ao bar. Àquela linda mulher, lábios carnudos, seios grandes, cabelos compridos, olhos azuis, exalando sexualidade entrou no bar, era a esposa do Rubião. Naquele exato momento ele saia do banheiro, ainda arrumava a calça, quando ouviu o seguinte:
- Siqueirinha?- perguntou toda trêmula e assustada com os olhos estalados como se não acreditasse no que via- Você contou ao Rubião, Siqueirinha, sobre nós dois?


Miquito Mendes !!!

Continua pegando super mal....os aumentos salariais !!!



Ora, vejam os senhores, os membros do congresso nacional aumentaram seus salários, de letra o STF eleva seu teto também, como no final todo o Judiciário.

Agora, aposentadoria para os ex-governadores, É UMA ABERRAÇÃO, A OAB TEM MAIS É QUE ENTRAR COM UM MANDADO DE SEGURANÇA E IMPEDIR ESTA INDECÊNCIA, APOSENTADORIA PARA EX-GOVERNADORES, SÓ ME FALTAVA ESSA !!!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Cinema: Diário de uma louca !!!




Filme que tinha tudo pra ser uma excelente comédia dramática. O pior lance do filme é quando entra o melodrama tipo mexicano, o filme vai perdendo fôlego até cair num enredo banal.

Sobre a interpretação de Tyler Perry( vovó Meade) de cara dá pra ver que parece uma bruta travesti.
O que me deixa impressionado nestas produções é o seguinte: Fazem um longa, estão com dinheiro- embora esta tenha sido uma produção barata pelos padrões dos yankees 5 milhões de dólares- E produzem um pastelão.

No último bloco do filme aí é bom nem dizer, há milagre pra tudo é canto na Igreja.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Gostaria de ser um Poeta !!!





Poeta é um ser humano incrível. Tenho uma inveja santa deles, pois conseguem um lirismo nas palavras mesmo que sejam termos banais, contudo , nas mãos deles estas palavras tornam-se belas e românticas, e o mais interessante, nos envolve e servem como fonte de inspiração para uma possível declaração de amor.
Terei a ousadia e petulância de tentar ser pelo menos meio poeta. Será que vou conseguir?

INTERVALO- PENSANDO-

Vou iniciar minha poesia.


Ó flor linda que desabrocha,
Meus olhos por ti ficam extasiados.
Ó lírios nas pradarias infinitas,
prato na comida,
Será que fica melhor assim:
Comida no prato?...sei não.





VOU TENTAR DE NOVO:


Ó linda mulher encalacrada,
Mãos suaves como a brisa,
Doce como o mel,
Olhos de pérolas.
Pera aí, olhos de pérolas? Pérola vale uma fortuna, vou propor a ela vender seus olhos e repartirmos a grana.
...pô , não tem jeito, não consigo construir uma poesia, foi só tocar no assunto “ pérola” pensei ter ouvido aquele trilimlim de moedas, e já imaginei uma moto Harley na garagem.

VOU TENTAR MAIS UMA VEZ:


Por ti amada das amadas,
Minha vida é insignificante.
Enfrentarei as agruras da vida,
Pra tê-la em meus braços,
Mesmo quê,
Seja apenas por míseros segundos,
Que um raio me parta,
Se meus lábios estão mentindo.

....exagerei. Capaz que eu enfrente o mundo pra ter uma mulher apenas por segundos. Capaz mesmo, nem pensar.

ÚLTIMA TENTATIVA:


Àquela mulher, lá...longe,
Caminhando lentamente.
Fiz uma concha com as mãos
em volta dos olhos,
para poder distingui-la melhor.
Nossaaaa...parece escultura
Feita por Michelângelo.
Sem meias palavras:
Linda....simplesmente divina.
Uma blusa apertadinha,
Encobria seus seios,
Vi, claro, que ela não usava sutiã.
A Saliência dos seios
impressionava,
Parecia que iam furar a blusinha...
Calça Jeans colada e tênis vermelho.
Quem sabe vou dar sorte?
... faz tempo que não chove
na minha horta.
Naquela estradinha,
Ela de lá, eu de cá,
Íamos caminhando.
Meus olhos pousaram novamente,
Naquelas curvas bem delineadas,
encobertas pelo jeans.
Deus! me transforme naquela calça jeans.
Tenha dó desta alma sofrida.
( já disse que tenho a mente poluída)...

Olhando aquele corpo se movimentando,
eu fazia uma viagem pornográfica,
naquela escultura humana.
Finalmente nos aproximamos.
- Bom dia, flor do dia! Cumprimentei risonho e educadamente.
- Bom dia por quê? Qual razão de um bom dia? Um dia ruim como este? Sai fora, cara !!!

Obs: Viram só? Desisto de ser Poeta , vou pra outros mares. Ciao, Baby !!!

Miquito Mendes !!!

Alô...alô, Raul Seixas !!!





Já fui fã de uma Chacrete,
Hoje sou do Cartola.
Bebo Coca Cola misturada
Com Laura Pausini.
Alô...alô, Raul Seixas,
o telefone está mudo.
Satanás pelado,
desfilando para Elton John !
Vibrador na mão do peão
Naquele sol, cheio de solidão
Pra ganhar seu pão.
Mistério no Hemisfério Norte,
Vem fazer um carinho em mim, Baby !
Preciso de uma lavagem cerebral,
Quero somente assistir novela e BBB.
Máquina de escrever,
quantas teorias bandidas foram escritas aí?
Pernilongo menstruado,
só pode ser sacanagem.
Malandragem com a picareta na mão,
deu bobeira,
Virou menina de sapateiro.
Banda Marcial desfilando,
O gaiato grita:
Olha um avião caindo.
Joana D’Arc vestida de biquíni,
a galera grita : Fica de topless.
Queijo Suiço vendido
em casa de sex shop,
Nuvem no céu,
Parece uma maconheira.
Mermão, vim do médico,
A sífilis me pegou do
calcanhar até o Empire States.
Alberto abacateiro,
Caboclo matreiro.
Sino da Igreja anuncia,
Chegou o fim do mundo.
Atende aí, brother,
Alô...alô, Raul Seixas,
o telefone continua mudo.

Miquito Mendes !!!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

O Dono daquele Armazém de Secos e Molhados !!!





Numa cidadezinha do interior, lá pelas idas de Além Paraíba com Minas Gerais , metade da cidade pertencia ao Estado de Minas e outra ao Rio de janeiro, uma rua era a fronteira destes dois estados.
Sr. Antonio, o proprietário, era torcedor fanático do Fluminense, ai de quem falasse mal do seu time. Incrível, ele aproximava dos 97 anos , e sua fama tanto de comerciante como homem de palavra e outras razões ganharam fama na região. Juntamente com ele trabalhava seu filho Juquinha de 73 anos, dois netos e um bisneto. Ali vendia na caderneta pra pagar todo final do mês.
O armazém chamava atenção de quem passava ali pela primeira vez, com um visual interessante e intrigante. Para a turma do Armazém tornou-se rotina verem turistas fotografando o armazém, inúmeras vezes estes chegavam a pedir para tirarem fotografias com os balconistas.
Constava num círculo na parede do armazém a data de sua construção: 1891, além das duas portas de madeira na entrada, madeira de lei, jacarandá.
Dentro do armazém viam-se lingüiças penduradas num pau de guatambu, ovos caipira, queijo minas , parmezon, manteiga caseira vendida a quilo, banha de porco dentro daquelas latas que eram usadas para armazenar querosene e até chouriços com um aviso: Churisso fresquinho.
O Armazém de Secos e Molhados estava espremido: de um lado um hotel de 5 estrelas- talvez uma das razões de tantos turistas irem lá fotografar- de outro lado, um edifício de 11 andares. Dá pra imaginar? ...pois era assim a situação deste armazém. E, para espanto dos estranhos que por lá passavam, menos de 200 metros do armazém um hipermercado que vendia de sabonete a carros , na mesma rua.
Logo quando você entrava no armazém, do lado direito vários sacos de batata nos sacos de estopa, servia de banco para os fregueses ou conhecidos que lá batiam o ponto todos os dias, como o Sr. Dunga, barbeiro há mais de 50 anos na cidade.
No forro havia de tudo pendurado. Bacias, penicos de plástico e de louças, até bateias para quem quisesse aventurar achar ouro naqueles rios, vassouras tanto as industriais como as feita em casa de sapê.
Em cima do balcão já meio carunchado em algum ponto, uma balança de dois pratos, com seus respectivos pesos encaixados numa pranchinha. Vendia arroz, feijão, milho, canjiquinha, açúcar tudo a granel. Havia uma repartição para cada produto, era só levar a pá e jogar na balança, além do café moído na hora.

Sr. Antonio tinha uma clientela tradicional. Ele era tão caprichoso com seus clientes, que quando vendia ovos, seu bisneto enrolava paciente cada um, no papel cinza em cima do balcão. Todo cuidado era pouco e a clientela fazia parte da sua vida, em certos aspectos.
Era normal gente chegar ao armazém que não ia comprar naquele momento, ia tão somente pra conversar com o Sr. Antonio. Conversa pessoal, quando acontecia logo eles entravam lá para os fundos. Segundo testemunhas, dias houve que o Sr. Antonio não atendia no balcão por falta de tempo, devido a estas prosas em segredos, mas todo mundo sabia o que estava acontecendo , tanto os parentes como os próprios fregueses que por coincidência lá se encontravam. Todos testemunhavam, quando o Sr. Antonio aparecia com a pessoa lá de dentro, ao se despedirem, eles beijavam sua mão como agradecimento.
Desta forma seguia a vida de quase todos naquela meia cidade, nem grande, nem pequena, nem tão populosa, tirando os feriados e dias-santos quando a cidade enchia de turistas.
Sr. Antonio já havia percebido um jovem silencioso, há mais de duas horas sentado num saco de feijão, lá no canto do armazém. Segundo sua observação ele não devia passar dos 25 anos e presa em sua mão uma pasta estilo James Bond. Sr. Antonio de vez em quando, pelo rabo do olho, examinava-o discretamente, viu que ele tinha um olhar cheio de vivacidade e ao mesmo tempo carregado de sofrimento ou tristeza. Seu rosto curtido pelo sol, usava roupa extremamente simples. Chegou até o estranho,
- O Sr. já foi atendido?
- Não senhor!
- Juquinha- gritou- venha atender o nosso amigo.
- Sr. Antonio, preciso ter uma particularidade e só pode ser com o senhor,
- Do que se trata?
Aquele olhar bondoso e astuto percorreu o estranho num relampejo de segundos e viu umas marcas na face esquerda do seu rosto. Parecia uma teia de aranha de tantos riscos. Tiro não foi, punhalada? Pode ter sido, mas fisgada de punhal deixa a pele com marcas diferentes. O estranho percebeu também a examinação feita pelo Sr. Antonio, e abaixando a cabeça permaneceu calado. Passaram alguns segundos- tudo acontecia muito rápido- O jovem levantou a cabeça e encarou , seu olhar transmitia ódio e incompreensão. Seu olhar foi tão carregado em cima do homem, que o Sr. Antonio num piscar de olho procurou qualquer coisa que pudesse se defender caso fosse atacado. Mais um tempo passou, coisa de menos de um minuto, aquele rosto agressivo e pálido voltou a ficar sereno. Sr. Antonio se recompôs e tomou a iniciativa de continuar a prosa.
- Qual sua graça?
- Betofaçêro!
- Beto...o quê?
Sr. Antonio passou a palma da mão no queixo comichando a barba rala e branquinha.
- Beto...do quê?
- Só Betofaçêro, sou órfão de nascença tanto de pai como de mãe e de documentos.
- Só um nome?... Beto o quê mesmo?
- Betofaçêro, Sr. Antonio, desde que me conheço por gente sou chamado e conhecido por este nome.
Sr. Antonio ameaçou dar de ombros.
- Qual particularidade quer me dizer?
- Pode ser num lugar reservado?
- Poder pode, mas antes quero saber, você trabalha em Banco?
- Não senhor !
- É vendedor de seguros?
- Não senhor !
- É vendedor de loteria?
- Não senhor !
- É agiota?
- Não senhor !
- Tá querendo dinheiro emprestado?
- Não senhor !
O homem do armazém ficou arquitetando na cabeça, o que seria que aquele estranho estava arapucando em cima dele?
- É vendedor dessas mentiras de ser sorteado e ganhar uma casa com carro?
- Não senhor !
- É vendedor do Baú da Felicidade?
- Não senhor !
- É rolista?
- Não senhor !
- Tem demanda com a polícia?
- Ter eu não tenho, cá pra nós dois , tenho lá minhas contrariedades contra eles !
- Foi preso?
- Não senhor !
- Agora só falta me dizer que é comprador de cavalo velho pra fazer salsicha !...e deu àquela risada gostosa.
O jovem permaneceu calado olhando bem nos olhos dele.
- Bem vou acreditar no que você respondeu, vamos entrando, vamos lá nos fundos.
Este era um depósito e para todos os lados estavam empilhados sacos de feijão, de açúcar cristal e pequenos sacos com açúcar mascavo, no outro lado, em cima de umas tábuas, a sacaria de sal.
Sr. Antonio ligou um pequeno ventilador, pequeno mesmo não mais que 15 centímetros de diâmetro, com motor de liquidificador, sinal de que ali onde sentaram, devia ser lugar de conversa reservada. Frente à frente, separados por uma distância de quase 1 metro,
- Pode falar , Sr. Beto...sempre esqueço, Beto o quê mesmo?
- B-e-t-o-f-a-ç-ê-ro...
- Ah, agora guardei seu nome, Betofaçêro? Pode falar, sou todo ouvido.
- Sou da cidade de Campos, no norte fluminense, onde nasci e fui criado, as notícias que chegaram por lá, dizem que o senhor é benzedor e milagreiro, por esta razão me apresentei à sua vista e presença com muita fé de ser atendido nas querências que a vida me fez passar.
- Benzedor sou mesmo, herdei essa benção do meu pai, que herdou do dele, mas há um engano aí, sou benzedor mas milagreiro não. Milagre quem faz é Deus !- e fez o nome do pai-
- Mas do que se trata a particularidade?
- São duas particularidades, Sr. Antonio !
- Vamos começar com a primeira !
O jovem desabotoou àquela camisa simples, com remendos embora bem feitos, virou de costas para o benzedor e permaneceu naquela posição de cabeça baixa.
- Virgem santíssima milagrosa, quem te fez isso meu filho?
Betofaçêro voltou a ficar de frente .
- Lá em Campos eu trabalhava como cortador de cana desde criancinha, dizem que comecei a prender a profissão com menos de 4 anos de idade, a lembrança é meio devagar, mas lembro que quando chegava em casa, casa da minha madrinha, minhas mãos estavam com bolhas de sangue.
- Mas o que isso tem a ver com suas costas?
- Acontece quê, Sr. Antonio, desde menininho que minha madrinha pegou pra me criar. Ela trabalhava para o mesmo patrão que o meu. Quando eu terminava meu serviço ia lá pra cozinha e ficava vendo ou ajudando ela fazer as quitandas da casa, limpava o que fosse preciso, isso durante muitos anos. O patrão tem uma filha chamada Matilde, praticamente crescemos juntos, e neste crescer juntos, ficamos apaixonados .
Betofaçêro começou a vestir lentamente a camisa. Antes, o benzedor passou as duas mãos naquelas cicatrizes, o jovem deu um pulo parecendo um animal ferido.
- Senta, senta menino...Vamos logo ao assunto e diga logo,sem meias palavras, o que aconteceu nas suas costas.
- O destino da gente, Sr. Antonio, a nossa sina, a gente não manda, acontece e pronto, a minha Matilde....
- Que Matilde? Interrompeu o benzedor.
- A Matilde , disse ao senhor, que crescemos juntos e com ordem ou sem ordem do patrão a gente ia casar.
- Chegaram a casar?
- Não deu tempo.....
E Betofaçêro começou a contar sua história, quando chegava bem tarde da noite, ele imitava o som de um passarinho, perto da casa do patrão, logo aparecia Matilde, ele ficava escondido atrás de uma árvore, saiam correndo e iam para o meio do canavial. Foi assim um bom tempo. Rolavam no chão abraçados e beijando, a saia de Matilde subia quase até o umbigo, Betofaçêro alisava ela, àquela pele suave de suas pernas . Por muitas noites com chuva ou sem, a gente se encontrava.
Betofaçêro terminou de abotoar a camisa, e suava igual um condenado. Sr. Antonio gritou e pediu pra trazerem um copo d’água.
- Numa sexta feira, estava almoçando com a peãozada, quando dois capangas me laçaram na traição, e me levaram arrastados com os cavalos deles correndo, galopando, até a presença do patrão. Os dois apearam do cavalo e disseram:
- Olha o traste, Patrão !
- Ele abaixou, puxou meus cabelos e disse me encarando: Sujeitinho atrevido, acha que minha filha é pra você? ...um homem que foi achado quando menino debaixo da chuva, quem você pensa que é? Amarra ele lá !
Betofaçêro ficou um tempo calado, mudo.
- Fui amarado num tronco, o patrão pegou seu chicote, e começou a chicotear minhas costas, eu desmaiava eles jogavam água na minha cara e água salgada nas costas. Antes de ficar sem sentido de vez, vi a Matilde falando com o pai dela, mas estava tudo embaçado, não enxergava direito, o sangue atrapalhava, mas uma coisa eu vi direito, ele deu um murro no rosto dela , ela caiu e rolou batendo a cabeça numa pedra. Dali em diante acordei na casa da minha Madrinha.
- Santo Deus, homem !
- Minha Madrinha antes de ser despedida cheia de humilhação, viu pela greta da porta, onde a Matilde estava deitada e sendo examinada pelo doutor, ele dizia para o patrão: - A criança está morta com o tombo que ela levou.
- Graças a Deus, doutor, imagina só, minha filha ter um filho bastardo, Deus sabe o que faz.
O Benzedor percebeu direitinho, dependendo da posição que Betofaçêro ficasse, ou andasse,ele parecia meio corcunda.
- Portanto, Sr. Antonio, queria que o senhor fizesse a benzeção nas minhas costas, elas doem tanto que parece um peso que carrego, dia e noite sem parar, só posso dormir de lado, e quando a dor resolve vir mesmo, com vontade, até penso que o diabo está dentro do meu corpo. Mesmo assim faço uns picadinhos daqui e dali, pra ganhar um dinheirinho, mas quando vem a dor, não consigo ir trabalhar, aí sou despedido.
Betofaçêro abriu a pasta, e tirou de lá um montinho de dinheiro enrolado numa borrachinha e entregou ao benzedor:
- Não, não, eu não cobro , nunca cobrei em toda minha vida pra benzer ninguém, guarda seu dinheiro.
- E a segunda particularidade...
- Calma, calma, a segunda fica pra depois, vamos devagar com o andor que o santo é de barro.
Foram para um quartinho muito bem limpo, e lá, foi feita a benzeção, durou menos que 30 minutos.
- Daqui a 10 dias, nem um dia a mais ou a menos, às 5 horas da tarde em ponto esteja aqui comigo.
O benzedor acompanhou até a porta , fazia questão de ir até a saída do armazém com todos os que benziam. E lá, no meio das pessoas, Betofaçêro, meio corcunda desapareceu das vistas do Sr. Antonio.
Os dias foram passando, Betofaçêro havia alugado um quartinho numa pensão, perto da rodoviária. À noite ninguém conseguia dormir, eram vozes de mulheres e homens bêbados.
No banheiro coletivo, havia um espelho pequeno e trincado preso à parede. Betofaçêro olhava a todo momento sua face e parte das suas costas. Tudo igual.
Naquela noite, ele sentou-se à beira da cama, e os pensamentos o levaram para o canavial. Sua Matilde com aqueles cabelos compridos, loiros, voavam desalinhados acompanhando o vento. Aquela noite, fora uma noite diferente das outras. Rolaram como sempre faziam naquele chão com brotos de cana ainda pequeninos. Sem perceberem ficaram olhando um para o outro silenciosamente. Matilde levantou-se, ficando em pé olhando ele deitado . Daquela posição ele foi vendo àquelas roupas sendo lentamente tiradas até ela ficar totalmente nua. Ela deitou-se em cima dele e o ajudou também a ficar nu. Suas peles se tocaram como nunca havia acontecido antes. Betofaçêro sentiu aqueles seios pontudinhos apertando seu corpo. Se abraçaram loucamente, perderam a noção do perigo, aqueles gemidos longos ecoava na noite malandra e também perigosa.
Betofaçêro voltou a realidade ali naquele quartinho de pensão deu um grito que mais parecia um uivo, chutou a cama, quebrou a cadeira que nem mais cadeira era de tão torta. Esmurrou a parede, chutou com toda força a porta. E caiu em prantos, dormindo ali mesmo, deitado naquele piso frio do quarto.
No décimo dia, bem antes das 5 horas da tarde, Betofaçêro chegou no Armazém. As duas portas estavam fechadas, ficou desesperado. Batia com o punho cerrado e batia naquelas portas, gritava o nome do Sr. Antonio, mas que nada, tudo silencioso lá dentro. Um carro parou, escrito taxi.

- Ô moço, não leu o aviso? Veja lá o aviso....
Num papel pequeno estava escrito assim: “ fechado por motivo de luto”. Ele correu até o motorista do taxi e perguntou:
- Na minha razão de entendimento não sei porque está fechado, tenho um trato de estar aqui as 5 horas com o Sr. Antonio.
- Moço, o compadre Antonio morreu, vai ser sepultado daqui a pouco.
Betofaçêro começou a chorar e saiu andando. O bondoso motorista do taxi o alcançou e perguntou:
- Então você conhecia o meu compadre? Estou indo para o cemitério , quer carona?
O homem do taxi estendeu a mão e disse:
- Muito prazer, meu nome é Curruila, é apelido, mas todos me conhecem por Curruila.
Ao chegarem, o caixão estava acabando de ser baixado por duas cordas, com quatro homens abaixando devagarinho. Aquela multidão de pessoas espremida uma na outra acompanhava a cerimônia. Quando todos foram embora, Betofaçêro sozinho, ajoelhou-se na beirada da cova, ficando silencioso. Não rezou, não pensou em nada, mesmo porque ele havia desaprendido a rezar,desde quando sua madrinha veio a falecer. Por mais de um bom tempo, ele ficou silencioso, mudo.
- Pois é, Sr. Antonio, a vida prega cada peça na gente, o Sr. era minha salvação, mas agora vou morrer aleijado mesmo.
Betofaçêro deu um longo suspiro, lágrimas caíram naquela terra fofa da cova.
- Antes de ir embora, vou lhe dizer qual era a segunda particularidade que queria lhe dizer. Eu queria que o senhor pudesse arranjar ou vender uma boa quantidade de tempo pra mim e pra Matilde, pra gente envelhecer mais devagar, até que o pai dela venha a falecer, e nós dois podermos passar o resto da nossa vida juntos, e quem sabe até construir uma família?
Betofaçêro entrou no quarto da pensão, com uma sensação de alivio que há muito anos não sentia. Antes de ir embora sem rumo pela vida, entrou no banheiro e deu de frente com aquele espelho trincado. Levou um susto, desapareceu àquela cicatriz medonha da sua face. Olhou novamente, e mais outra, e mais outra. Passou sua mão na face não sentiu àquelas marcas. Arrancou a camisa duma vez, e tentou olhar suas costas, de tão desesperado ficou, correu gritando chamando a dona da pensão e foi logo perguntando pra ela:
- Olha aqui nas minhas costas, tem alguma coisa, alguma marca, tem? Tem?
- Tem nada moço, tá maluco? Suas costas tem a pele lisa igual bunda de neném.

Miquito Mendes !!!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Vem ó esplenderosa loucura !!!




Invade meus micro-organismos,
Me leva para um lugar ,
Onde não haja coerência.
Esplenderosa fatalidade,
Carregada de diamantes falsos,
Faça de mim uma criatura
Cheia de paradoxo e pleonasmo.
Ó sangue maldito,
Que vem daquela geração.
Dezenas, milhares, sucumbiram perante a destruição,
Surreal e mortífera,
herança desta geração.
Meus braços, minhas atitudes,
devastam a intimidade de qualquer alma.
Como a águia voa soberba nos céus,
Minha espada corta
o ar, o vento e trás desesperança.
Vinde à mim homens, mulheres,
e os famintos ,
Eu vos aliviarei com a
Força poderosa da lâmina de minha espada.
Deuses da bondade, da Glória, Virtude
e da Guerra,
juntem-se ao meu exército.
Comigo, vocês conhecerão
O real significado da imortalidade.
Deusa do amor e da beleza,
Afrodite...
Nem os Deuses dos Deuses
te levarão ao júbilo supremo
como eu farei.
À mim tudo é permitido e concedido,
Pois sou filho e amante
da esplenderosa loucura !!!

Miquito Mendes !!!

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Uma relembrada relâmpago !!!




Com doze anos de idade acompanhei um circo, menti ao dono que era órfão. Queria ser trapezista, palhaço, queria ser tudo no circo. Meu pai descobriu, levamos a maior bronca.
Fui mestre em furar filas de cinema no Rio de Janeiro, nos tempos de universitário, era mais duro que rapadura.
Apaixonei-me pela Soprano Maria Lúcia Godoy, a maior intérprete das músicas de Villa- Lobos. Fabriquei um radinho com peças usadas e achadas nas ruas do Rio, somente para ouvi-la na rádio MEC. Sabia quase tudo sobre sua vida, localizei através de amigos seu endereço e escrevia cartas pra ela. Algumas foram respondidas.

Em uma apresentação comentada pela mídia escrita e falada de Maria Lúcia Godoy no Teatro Municipal, vejam só:

Consegui entrar no Teatro Municipal do Rio de Janeiro( fura fila e cara de pau) vestido com calças Jeans surrada ao máximo e sandália feita com borracha de pneu de carro. Misturei-me no meio daquela sociedade vestida com roupas de gala, antes que eu encontrasse um lugar seguro , fui descoberto e convidado gentilmente à retirar-me. Esperei lá, naquela Praça da Cinelândia, o final da apresentação. De vez em quando , me aproximava da entrada daquele prédio majestoso, pra tentar ouvir um pouquinho da voz da minha musa. Ou na maior cara de pau via as possibilidades de novamente tentar entrar.
Grudei no Teatro Municipal. Finalmente foram saindo as pessoas, eu mais que depressa corri( já havia me informado onde ela embarcaria no seu carro). Me aproximei e gritei seu nome, ela apenas sorriu.
Com 16/17 anos paquerava mulheres com o dobro da minha idade. Achava as meninas nesta faixa de idade estupidamente burras, ou quem sabe seria eu? Não conseguia me entrosar, por mais que eu tentasse no final das contas todos acabavam decepcionados. Namorei uma das minhas professoras, escondido claro. Elas sentiam vergonha de aparecerem comigo na praça ou irem ao cinema, devido a diferença de idade. Quê sacanagem !
Toquei num conjunto músicas da Jovem Guarda, Beatles, etc. Nas seleções das músicas, quando chegava a italiana Dio Como Ti Amo, meu Deus, a gente lá do palco observava àquela grudadinha marota, os casais se explodiam em paixão e tesão, o máximo que conseguiam era um beijinho super rápido na boca e olhe lá, quem conseguia tal façanha era herói, pois sempre tinha algum chato da família vigiando.
Ensaiei até não poder mais, a música feelings, à época um grande sucesso.
Numa única noite, noite escolhida com meus amigos pra fazermos uma serenata, fui interrompido três vezes,( na mesma casa) e por cima, ao pular o muro correndo meu violão foi para o beleléu !
Em 1964, o prefeito da cidade de Itanhandu- Sul de Minas- denunciou minha família , irmãos, tios, tias, como comunistas, ligou para o DOPS em Belo Horizonte.
Em 1968, nesta mesma cidade, Itanhandu, eu e meus irmãos fomos discriminados pelos nossos amigos, éramos chamados de comunistinhas. Um dos maiores amigos meu naquela época disse-me assim: - Miquito, sua Tia é espiã comunista, estamos proibidos de “brincar juntos.”
Entre 4 ou 5 anos, numa cidade de nome Alagoa, onde nasci, até hoje não sei bem como foi, mas de uma coisa eu sei e me lembro quase que perfeitamente, foi mais ou menos assim: Naquele guarda-roupas joguei um fósforo aceso. Depois foi um Deus nos acuda, nossa casa virou um monte de cinzas. Me lembro ainda do meu pai me abraçando querendo me proteger, segundo eu soube muitos anos mais tarde, alguém da família queria me castigar.
Por volta dos 12/13 anos me proibiram( um dos meus irmãos) de tocar no assunto em casa sobre cinema( nesta época meu Pai morava em outra cidade). Argumento: ia de mal a pior nos estudos, além do quê eu reunia um bando de amigos no quintal, faziam um círculo pra ouvir histórias que eu contava, às vezes eu mentia dizendo que havia visto o filme da história, que nada, eu era um contador de histórias mesmo. Meus amigos ficavam tão impressionados, olhavam fixo em mim, pareciam que estavam mesmo defronte a telona.
Aos 14 anos e pouco, pulei um muro, sem brincadeira, devia ter uns dois metros de altura, e pra piorar concretado em cima,com cacos de garrafa. Foi quando conheci e vi pela primeira vez uma “ ZONA”. Entrei por aqueles corredores sujos, quartos com algumas portas abertas, pude observar: todos eles eram coloridos, tipo uma luz roxa, vermelha, azul...davam àquela tonalidade característica do ambiente. Num susto dei de topo, melhor, cheguei num quarto que mais parecia uma pequena salinha, e vi uma loira( passados tantos anos, ainda me pergunto, será que ela era loira mesmo? Será que ainda está viva? Será que teve filhos?...pois este dia ficou marcado em minha vida), a loira lavava sua vagina em cima de uma bacia desbotada com sua mão freneticamente naquele sobe e desce. Devia estar esperando o próximo cliente. Só quê ao terminar de lavar, passou uma toalha que mais parecia um pano de chão de tão encardido e enxugou cuidadosamente sua vagina. Eu ali olhando... admirado, afinal estava uma mulher daquele jeito à minha frente, que doce loucura meu Deus! Ela foi logo assuntando:
- Tem dinheiro? ...mostra se tem...
- Tenho um canivete...
Arranquei com tanta força o canivete que rasgou o bolso da calça coringa e estendi pra ela , sei que eu disse que ele valia tanto e tal....
Ela riu, pareceu no canto da boca entre os dentes, um brilho cor de prata ou algo parecido, mais tarde vi que era um arame da sua ponte. Conforme estava dizendo, seu sorriso ora era decepcionado ora de espanto, mais tarde também descobri que ela ficou espantada por ver quase uma criança ali naquele lugar. Penso que de certa forma ela ficou comovida. Fiquei freguês, também pudera, além de não pagar, de vez em quando ganhava uns chocolatinhos que vinham embalados numa caixinha em forma de cigarro, com uma criança negra fazendo propaganda. Tenho tentado lembrar o nome deste chocolate. Era marcado religiosamente a hora que eu podia ir ao seu encontro( quem sabe, outro dia eu resolvo contar mais detalhes, mas contarei apenas mais um. Um daqueles dias marcados, eu não apareci, me disseram que ela ficou apavorada, verdade mesmo, pois ainda me disseram, que ela passou algumas vezes na rua onde eu morava, e naquela época sinistra, mulheres de ZONA onde passavam chamavam atenção.)
Durante muitos meses eu fui tratado como rei. Noutra noite, pra minha surpresa, quando lá cheguei, me disseram que ela havia ido embora e não sabiam dizer pra onde. Entrei em pânico. Também, pra minha surpresa, tive que ir ao médico. Medicação: tetrex 500mg, estava com gonorréia.

Miquito Mendes !!!

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

..e as minhas mãos !!!




Elas trucidam, enforcam, torturam,
sacode, humilham.
Minhas mãos são especializadas
em machucar.
Fazer chorar.
Minhas mãos nunca adormecem.
Elas fazem o céu escurecer
e a luz se apagar brutalmente.
Elas fazem emudecer.
Quebram a dignidade daquela minúscula criatura.
Ela me olha com aquele olhar de súplica.
Minhas mãos sabem apenas torturar.
Semblante explodindo de dor,
Não me comove nem um pouco.
Uma luz acesa projeta
um raio de partículas em cima dele,
Minhas mãos acostumadas
sabem apenas torturar.
Grito humano misturado
Com desumano...
Acostumei...a gente acostuma.
Pra mim é apenas um grunhido normal,
Para meus ouvidos soam como melodia,
Ou cantar de pássaros,
Tanto faz.
Homem. Mulher. Jovem .
Qualquer suspeito.
Anjo. Demônio.
Bom ou mau.
Minhas mãos sabem apenas torturar.
Longe daquele lugar,
Sinto um vazio em minha alma.
Fico aflito.
Meu peito enche de ansiedade.
Tenho que retornar urgente ao meu trabalho.
Pareço alma penada.
Não posso ficar longe
do meu habitat.
Minhas mãos precisam torturar,
É da minha essência.
Horas passam, dias,
Pra mim tudo é natural
naquele ambiente.
É como tomar um copo de leite
de tão simples e natural.
Sofrimento?
Lágrimas?
Não presto mais atenção.
Não me comove.
Não me abala, não me afetam em nada moralmente e psicologicamente.
Hoje preciso ver meus filhos.
Idade: dois e quatro anos !
Seguro cada um em meus braços.
Minha mão acaricia suavemente seus rostinhos angelicais e inocentes.
Meus dedos entram pelos seus cabelos,
E os desalinha,
Sendo que a menina caçula
Está com duas chuquinhas.
Deito naquele tapete,
E rolo com elas ao som
daquelas gargalhadas
Parecendo uma sinfonia.
Basta !!!
Preciso retornar para o meu trabalho.
Minhas mãos sabem apenas torturar !!!

Miquito Mendes !!!

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Texto totalmente Inconsequente !!!





Palmeira Imperial,
Erva de passarinho,
Árvore transformada em carvão.
Carvoeiro...aquele rosto negro
de poeira apocalíptica.
Apocalipse, falta do que escrever.
Nobres filhos da esperança
Querem assegurar seu lugar na história.
Sofisma em cima deles.
Um enredo.
Diálogos sem final...
Balas jujubas,
Foguetes de São João.
Terezinha, Chacrinha.
Multidão na calçada.
Meu bom dia.
Formigueiro.
Baionetas em prontidão.
Pra onde anda o lirismo?
Sentença brutal para o meu destino.
Tantas mentiras contei.
Che Guevara !
Repentista.
Patativa do Açaré.
Boemia.
“ aqui me tens de regresso”.
Dançar.
Encaixado um no outro.
Tesão. Beijo. Esfrega esfrega...
Muita tesão,
Mundo pára.
Tempo não existe.
Alguém te cutuca.
Puta que pariu,
Interromperam minha viagem orgásmica,
Você retorna à realidade,
que maldade,
uma puta sacanagem !

Miquito Mendes !!!

domingo, 9 de janeiro de 2011

General José Elito chefe do Gabinete de Segurança Institucional leva um puxão de orelhas. Comporte-se general !!!




O general José Elito deu de botar as asinhas pra fora, mas foi logo podado pela presidente Dilma Rousseff. Vejam as declarações deste general, chefe do Gabinete de Segurança Institucional: Disse que a ditadura(golpe militar ocorrido em 1964) teve seus " prós" e " contras ".E, como a guerra do Paraguai , é parte da história. Pergunto cara-pálida, o que significa " prós"?

A presidente Dilma que experimentou muito bem na pele este período que o general diz que faz parte do passado, chamou-o reservadamente .E dá-lhe uma puxada de orelhas. O general disse que foi mal interpretado. Foi, general José Elito?... conhece àquela música " Me Engana Que Eu Gosto"? só que é apenas uma música. Se preciso for presidente Dilma, dê outro puxão de orelhas neste general, e, na pior das hipóteses, caso ELE venha atrapalhar as investigações sobre quem são ou foram os torturadores da ditadura, assine sua DEMISSÃO DE IMEDIATO.



OBS: Olham outra declaração, esta do coronel da reserva João Batista Fagundes, que representa as Forças Armadas na Comissão de Mortos e Desaparecidos. A petulância deste coronel da reserva quando diz que não há um descontentamento generalizado entre os militares, mas alguns não concordam com certas coisas, como o pagamento de pensão aos familiares de Carlos Lamarca( indenizado pela Comissão de Anistia). Não tem nada disso coronel, vocês, hoje, têm apenas que obedecerem, não compete aos militares concordarem ou não com as indenizações. Foi o tempo, quando vocês reuniam no Clube Militar a nação ficava em pânico. E nem vem com essa também, sobre José Genoíno ser assessor do Ministro da defesa, Nelson Jobim. Esta declaração sua é tão infeliz, é como se quisesse dizer, que os militares aceitam como presidente Dilma Rousseff que também participou da luta armada contra o regime imposto por vocês em 1964. ESTES MILITARES NÃO CRIAM JUÍZO !!!

Sentença de um Juiz !!!!




Esta aconteceu em Minas Gerais (Carmo da Cachoeira). O juiz Ronaldo Tovani, 31 anos, substituto da comarca de Varginha, ex-promotor de justiça, concedeu liberdade provisória a um sujeito preso em flagrante por ter furtado duas galinhas e ter perguntado ao delegado:

"desde quando furto é crime neste Brasil de bandidos? "

O magistrado lavrou então sua sentença em versos:

No dia cinco de outubro
Do ano ainda fluente
Em Carmo da Cachoeira
Terra de boa gente
Ocorreu um fato inédito
Que me deixou descontente.

O jovem Alceu da Costa
Conhecido por "Rolinha"
Aproveitando a madrugada
Resolveu sair da linha
Subtraindo de outrem
Duas saborosas galinhas.

Apanhando um saco plástico
Que ali mesmo encontrou
O agente muito esperto
Escondeu o que furtou
Deixando o local do crime
Da maneira como entrou.

O senhor Gabriel Osório
Homem de muito tato
Notando que havia sido
A vítima do grave ato
Procurou a autoridade
Para relatar-lhe o fato.

Ante a notícia do crime
A polícia diligente
Tomou as dores de Osório
E formou seu contingente
Um cabo e dois soldados
E quem sabe até um tenente.

Assim é que o aparato
Da Polícia Militar
Atendendo a ordem expressa
Do Delegado titular
Não pensou em outra coisa
Senão em capturar.

E depois de algum trabalho
O larápio foi encontrado
Num bar foi capturado
Não esboçou reação
Sendo conduzido então
À frente do Delegado.

Perguntado pelo furto
Que havia cometido
Respondeu Alceu da Costa
Bastante extrovertido
Desde quando furto é crime
Neste Brasil de bandidos?

Ante tão forte argumento
Calou-se o delegado
Mas por dever do seu cargo
O flagrante foi lavrado
Recolhendo à cadeia
Aquele pobre coitado.

E hoje passado um mês
De ocorrida a prisão
Chega-me às mãos o inquérito
Que me parte o coração
Solto ou deixo preso
Esse mísero ladrão?

Soltá-lo é decisão
Que a nossa lei refuta
Pois todos sabem que a lei
É prá pobre, preto e puta...
Por isso peço a Deus
Que norteie minha conduta.

É muito justa a lição
Do pai destas Alterosas.
Não deve ficar na prisão
Quem furtou duas penosas,
Se lá também não estão presos
Pessoas bem mais charmosas.

Afinal não é tão grave
Aquilo que Alceu fez
Pois nunca foi do governo
Nem seqüestrou o Martinez
E muito menos do gás
Participou alguma vez.

Desta forma é que concedo
A esse homem da simplória
Com base no CPP
Liberdade provisória
Para que volte para casa
E passe a viver na glória.

Se virar homem honesto
E sair dessa sua trilha
Permaneça em Cachoeira
Ao lado de sua família
Devendo, se ao contrário,
Mudar-se para Brasília!!!.

sábado, 8 de janeiro de 2011

... e fiquei estupidamente apaixonado !!!



... e fiquei estupidamente apaixonado !!!


Parece história de conto de fadas. Vou explicar. Vejam se não tenho razão. Eu a peguei pra cuidar pequenina. Num processo normal ela foi crescendo, a medida que desenvolvia também desenvolvia meu amor por ela. Chegou um tempo, que não sei exatamente qual tempo, suas curvas foram tomando formas, delineando. Do meu lado eu ficava mais e mais encantado. Sendo sincero mesmo, eu sentia aquele enorme prazer prazeiroso vendo-a desabrochar. Suas curvas iam tomando forma, ah, meu Deus ! ...parecia uma flor. Nas horas ou um pequeno momento que me sobrava, eu não desperdiçava este tempo. Ficava igual bobo admirando-a, e admirava, e ela crescia um pouco mais, e cada vez que ela tornava-se um pouquinho mais adulta, era proporcional minha vontade de...mas que vontade....Seu tronco reto até àquela altura...de um lado e de outro àquelas bolinhas, isso mesmo, ouso dizer bolinhas iam desenvolvendo.Do meu lado desenvolvia também minha vontade de sugá-los.
Ao amanhecer eu me aproximava dela e àquela olhada rapidinho. A noite, se noite clara, eu me escondia, não...não...não é bem esta palavra escondia, mas ficava num local mais escuro, eu passava deliciosos minutos mimando-a através dos meus olhos. Tomava sempre meu vinho naquele horário acompanhado duma musica baixinha. Eu nem percebia, é algo intuitivo, meus olhos a procuravam. Especialmente naquela noite ela parecia um personagem dos poetas apaixonados. Aliás, poeta vive sempre apaixonado. Então, porque eu também não posso apaixonar-me? Você há de concordar comigo, por quê? Novinha a trouxe para comigo, criei, alimentei. Tornou-se esbelta, uma princesa. Penso que se alguém deve experimentá-la primeiro, este alguém deve ser eu, sem dúvida nenhuma. Pouco me importa se alguém achar que sou egoísta, excêntrico, louco, tarado, podem me adjetivar como quiserem, mas ela é minha e ponto final.
Mais um bocadinho de tempo passou. Reparei muito bem hoje de manhã. Suas mamilas cresceram, pareciam inchadas de tão grandes. Quão deliciosas devem ser. Fui pra lida e não vi o tempo passar. Ao retornar pra casa, outra olhada nela...e matutei..matutei....Vai ser hoje, hoje será nosso dia, nossa noite.
Lá pelas tantas, creio que devia ser um pouquinho antes da meia-noite, me aproximei. Encarei. Ela permaneceu silenciosa dando impressão que também aguardava aquele momento tão precioso. Levei a mão direita naquele formato oval e estufado. Acariciei. Que prazer, puta merda. Por fim, ambas as mãos começaram a acariciar, alisar, e fui alisando, e fui....aquele ventinho da Serra da Mantiqueira nos envolvia. Dei um beijo suave naquelas...beijo leve, manso, esfreguei meu lábio inferior, não houve sequer a menor resistência. Tenho plena certeza que ela sabia que eu seria o primeiro da vida dela.
Finalmente aconteceu. Dei àquela mirada de cima em baixo, sua altura se tanto, não chegava a um metro. Aquele pé de laranja com apenas duas laranjas na sua copada, como disse acima, eram divinamente divinos. De última hora resolvi, não vou experimentar. Que fique lá, àquelas duas laranjas.
Miquito Mendes !!!

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

... ela é Parteira Profissional !!!





Num bate papo comum naquele bar, saboreando um pastel de queijo, papo vai, papo vem, um dedo de prosa jogado fora, mais outro, aparece o assunto das parteiras.
Em pleno novo milênio, onde o homem não vive mais em sua casa e sim ON LINE, tudo é on line, correio eletrônico, depósitos bancários, checagem de informações, tecnologia de ponta tanto para o bem como para criar catástrofes.
A medicina preventiva detecta futuros problemas no homem. A criança no útero com poucas semanas de vida, faz-se o diagnóstico perfeito e exato sobre sua saúde. Se vai ter problemas, como por exemplo: surdez, cegueira e outros males, tecnologia impensável alguns anos atrás.
Células troncos pesquisadas em laboratórios. Clone. A cada quinze minutos da órbita terrestre, os satélites enviam novas informações sobre quaisquer alterações no planeta terra para suas respectivas centrais.
É de praxe há um bom tempo, o pré-natal. A futura mãe segue uma agenda marcada todo mês, pelo seu médico, seja particular ou através dos postos médicos municipais. Hoje, pelos convênios das Prefeituras e Governo Federal – quando um Prefeito tem bom senso não faltam remédios na farmácia do Posto Médico Municipal-
Tudo segue dentro das regras, conforme deve ser num país civilizado. Vai chegando o momento próximo dos nove meses.
Um dia qualquer, você encontra o pai do recém-nascido e pergunta sobre a patroa dele.( Em certas regiões do Brasil, patroa significa esposa).
- Graças a Deus foi uma beleza, nasceu uma meninona, bonita qui só, chorona e mama sem parar.
- Com estes dias chuvosos e estrada ruim sua patroa não passou mal no caminho do hospital?
- Qui nada, o doutor fez a parte dele, e Deus também, mas a comadre Zica é uma PARTEIRA PROFISSIONAL !!!

Miquito Mendes !!!

Cinema: Um Doce Olhar !!!



Filme do cineasta turco Semih Kapanoglu, - BAL que significa mel- mas traduzido aqui como Um Doce Olhar, prêmio Urso de Ouro como melhor filme no Festival de Berlim de 2010.

O inicio do filme, de imediato mostra a cumplicidade e amizade entre o menino e seu pai. Numa cena lindíssima, quando o filho começa a contar um sonho que teve, seu pai imediatamente diz, que sonhos não devem ser espalhados, aí pede pra ele contar baixinho em seu ouvido. Esta cena ocorre fabulosamente num cenário, com a câmera fixa, de uma determinada distãncia que mostra o quarto iluminado contrastando com a sala. De cá ouvimos o personagem com sua voz monóloga contando o segredo.

Filme que tem como trilha sonora, praticamente o barulho do andar dos personagens bem como o riacho que fica ao longo do caminho até a escola.

Um detalhe: A interação do pequenino com seus pais. Num determinado momento sua relação com a mãe é totalmente fria, ao contrário do pai. Este ao sair do vilarejo para trocar suas colméias de local, fica ausente . Neste período aproxima-se de sua mãe, a ausência do pai o empurra para perto da mãe.


Filme que as cenas substituem muitos diálogos, o olhar e expressão do peronagem diz tudo.

Bom filme !!!

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Que martírio não ter ideias ...



“ Que martírio não ter ideias.....”

Sabe aquele dia que você quer escrever, mas existe uma preguiça mental explosiva interna? Pois é, hoje estou assim. Não vale o lance apelativo dizer que está sem inspiração. É preguiça mesmo. Acho que este texto vai perder-se pelo caminho.
A gente fica buscando , ciscando um assunto qualquer, mas que nada. Seja sólido, insólido ou insólito, abstrato, alegre, triste, seja lá o que for...pô, nada se materializa.
Dá vontade de jogar a caneta lá nas profundezas.( ainda sou do tempo que escreve primeiro manuscritamente.)
É um martírio que estoura os neurônios, dá até dor de cabeça. Sentado desinquieto, mexo de banda e remexo, mas o que é bom mesmo nadinha da silva. As ideias se perderam na poeira do infinito.
Um cafezinho pegaria bem. Deixo tudo pra lá. Acendo o cigarro e mais outro. Àquela tragada gostosa e cancerígena vou soltando a fumaça em forma de bolinhas. Os neuróticos e obsessivos devem achar um absurdo apreciar um cigarro. Taí, será que consegui um tema? ...seria sobre os anti-tabagistas? Será?...será?..sei não...Sou também igual aos anti-tabagistas, obsessivo pela Nona Sinfonia de Beethoven, quem sabe ouvindo-a terei um raio de luz? Vou apreciando-a, me deliciando. Acendo outro cigarro.
Quer saber? Hoje não vou escrever nada. Deixo a matendéia lá no meu pequeno escritório. Ciao e benção.

Miquito Mendes !!!

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Cinema: Fora de Controle !!!




Filme que narra a decadência, o glamour e traições no meio da 7ª Arte. Direção de Barry Levinson, Fora de Controle mostra o quanto é problemático a estrutura de um filme, passando pelos Produtores, Diretores e as manias e obsessões dos atores. Elenco milionário, contudo , como sempre, Robert de Niro rouba a cena.

Além de ser preciso ficar robotizado, atento, o personagem Ben( R. de Niro) tem que lidar com problemas familiares, ex-esposas, fazer terapia e etc.

Filme fiel ao meio artístico, aos contratempos, a corrida contra o tempo, edição, montagem e etc.

Vale a pena conferir !!!

O celular e suas mil utilidades !!!



“ O celular e suas mil utilidades “
O celular é indiscreto. Toca em horas inconvenientes. Você é localizado em quase 100 por cento dos lugares. Se você o desliga a família entra em pânico. – O que aconteceu? Prá onde ele foi? Será que sofreu algum infarto? Foi assaltado? Preso?... o celular chega a ser apaixonante para alguns. Quando conhecemos alguém, logo vem àquela conversa de padre: - Me passa o número do seu celular.
Será que o celular nestes tempos são como as roupas que vestimos para não ficarmos nus? Tornou-se parte do pacote?
Em minhas corridas e caminhadas de madrugadinha, o pessoal que sempre encontro- sei de cor – vejo uma quantidade de usuários com aquele aparelho pequenino pregado no ouvido- pressuponho- só pode estar cantando alguém ou levando uma cantada.( tenho a mente poluída).
Sim, Sr. àquela hora da manhã nem chegou a amanhecer. Será que sou diferente?...ou minha mentalidade é medieval?
O celular é tão cara de pau e misterioso, caso você resolva deixá-lo em casa ou dentro de sua pasta, é o quanto basta, loguinho você bate de frente com alguém que vai logo dizendo:- Porquê você não atendeu o celular?
Ora bolas, sou obrigado atender? Você deve estar pensando: Então pra quê ter um celular? Tem lógica sua observação. E se eu contra argumentar que não comprei e sim que foi um presente? Afinal preciso me defender ou arrumar uma desculpa.
Percebo ainda, que existem criaturas que carregam dois celulares, o terceiro está escondido? Se ultrapassso um carro, vejo a pessoa falando no dito cujo. Se páro num posto de gasolina, àquela jovem charmosa ou uma perua mesmo, andando pra lá e pra cá com o fenômeno no ouvido. Caramba, parece epidêmico- claro, é um conceito extremamente pessoal e quiçá totalmente fora do contexto atual da chamada globalização e por tocar neste assunto, vocês acham justo, por exemplo: Se lá na Turquia ela dá um pum, nós pagamos o pato por aqui, mas este assunto merece outro texto-
Bem, pra finalizar, certo dia agradeci o presente que havia ganho-meu celular- coitado dele, não dava a mínima importância para o coitado- Bati meu carro, passado o susto, imediatamente fui em busca da salvação. Abri a pasta, e lá estava ele. Disquei o número de um dos meus irmãos. Naquele exato local do acidente, não havia sinal da minha operadora.

Miquito Mendes !!!

domingo, 2 de janeiro de 2011

A eterna dúvida do " Se " !!!



“ A eterna dúvida do “Se”

Se...
Eu não tivesse nascido,
Se eu não fosse adulto,
Se pudesse ser responsável,
Ou irresponsável.
Se não tivesse me apaixonado,
Se soubesse o que não sei,
Se eu não gostasse do romantismo,
Se eu não fosse sensível,
Se insensível.
Se você saísse dos meus pensamentos,
Se o pássaro não voasse,
Se as circunstâncias vierem favoráveis,
Se nós pudéssemos ser apenas um,
Se a terra não fosse ferida,
Se não existissem fronteiras,
Se àquela foto meus olhos não enxergasse,
Se não soubéssemos um do outro,
Se o coração fosse mais forte,
Se parasse de chover,
Se eu pudesse entrar no seu pensamento,
Se fosse possível fazer somente o impossível,
Se não existisse passado e futuro,
Se não tivesse CPF,
Se não sentisse sede,
Se eu tivesse juízo,
Se parasse de pensar tanto em você,
Se eu explicasse o que não pode ser explicado,
Se eu fosse você,
Se um filme,
Se não fosse humano,
Se não tivesse rumo e prumo na vida,
Se um ambulante...
Se a montanha virasse um vale,
Se não existissem leis,
Se as águas dos rios subissem,
Se eu não pensasse tanto,
Se os Beatles ainda existissem.
Enfim !
Se...
Se...
Se...

Miquito Mendes !!!

.... e a Dilma Rousseff tomou posse !!!




Momento histórico no Brasil, uma mulher é Presidente , independente de opções partidárias, há que se concordar com a relevância deste momento. Um pequeno trecho do seu discurso de posse

" Entreguei minha juventude ao sonho de um país justo e democrático, suportei as adversidades mais extremas, infligidas aos que ousamos enfrentar o arbítrio. Não tenho qualquer arrependimento, tampouco tenho ressentimento ou rancor. A minha geração veio para a política em busca de liberdade, num tempo de escuridão e medo. Pagamos o preço da nossa ousadia ajudando, entre outros, o país chegar até aqui. AOS COMPANHEIROS MEUS QUE TOBARAM NESSA CAMINHADA, MINHA COMOVIDA HOMENAGEM E MINHA ETERNA LEMBRANÇA."- Dilma Rousseff.