HABEMUS REX
JÁ TEMOS REI.
Em uma entrevista, já alguns anos de um ex-presidente da república do Brasil, afirmava ele que, mais algum tempo e existiriam no mundo apenas cinco reis.
Um, claro, seria o rei da Inglaterra e os outros quatro seriam aqueles do jogos de baralho...
Grande foi o engano do presidente.
O mundo, realmente, precisa da figura do rei e onde, de fato, ele não existe, a figura dele é criada por toda uma população.
Nos países onde o regime político ainda é a monarquia, o assunto está totalmente resolvido, todo mundo parece estar muito feliz! Onde, entretanto, existem outras formas de governo, a figura do rei tem que ser arranjada de alguma forma. Examinaremos, por exemplo, o caso do Brasil, onde até mesmo já foi feito um plebiscito para a escolha do regime político, se presidencialista, parlamentarista ou monarquista.
Das três, venceu o presidencialista.
Neste caso ficamos livres da força, domínio ou tirania do rei, mas com este perigo eliminado, se faz necessário criar simbolicamente a figura do rei.
Por instantes até imaginamos, ainda que pareça um verdadeiro absurdo, que haja uma necessidade genética da figura do rei.
Assim, como se fosse , um Inconsciente Coletivo, pois do contrário, qual a razão do uso qualificação rei?
Existem qualificativas até mais fortes e de grande peso do que a simples palavra rei. Como por exemplo citamos as palavras: exímio, eminente excelente, insigne, maravilhoso, surpreendente, espantoso, fenômeno, primoroso, fascinante, portento, prodígio e etc...
Entretanto o povo exige e cria o seu rei. Claro que na realidade é uma situação de “ faz de conta” mas o ego de cada brasileiro fica totalmente satisfeito na sua criação simbólica do rei...
Observamos que o fenômeno não acontece só no Brasil.
Vejamos alguns casos onde realmente existe a figura do rei, e onde a figura do rei foi apenas criada pela imaginação popular:
No Japão, quando da morte do imperador Hiroito, muitos japoneses preferiram morrer junto usando a prática haraquiri.
Quando o rei Hussein da Jordânia faleceu de câncer e a multidão chorava pelas ruas de Amã como se uma grande tragédia houvesse acontecido naquele país, como por exemplo, uma guerra, terremoto etc.
Na Arábia saudita o rei é adorado por vinte e dois milhões de sauditas...
Na Espanha, no momento em que o ditador Franco morreu, o povo mais que depressa elegeu o seu rei Juan Carlos.
Na Inglaterra, bastou Elizabeth II dizer que renunciaria, para que todo o povo do reino Unido ajudasse a levantar o trono que estava meio falido.
Na Rússia, alguns anos atrás, foram localizados os restos mortais do corpo de rei Nicolau II, deposto em 1917. Em conseqüência em São Petersburg houve três dias de luto para a realização dos funerais com todas as honras possíveis.
Mônaco considerado o paraíso mediterrâneo, tem o seu Príncipe, adorado por trinta e cinco mil monogascos.
Temos ainda os casos da Bélgica, Dinamarca, Kwaitt, Marrocos, Noruega, Suécia e muitos outros.
Vejamos agora alguns exemplos dos reis que foram inventados:
Nos estados Unidos, por exemplo, temos o caso do rei do rock Elvis Presley, a rainha do símbolo sexual Marilyn Monroe, o rei do basquete Erick Johnson e centenas de outros reis.
Na frança , Zidane , é o rei do futebol, na Alemanha o rei Shumacher da Fòrmula 1.
Na Argentina, temos a figura do rei e rainha personificados nas figuras de Don Diego Maradona e de Evita Peron.
Até mesmo as coisas inanimadas, pelo mundo a fora, ganham o status de rei, tal a força e a necessidade que existe nesta palavra.
Em Athenas temos o Partenon que é considerado o rei dos edifícios da antiguidade clássica.
Em Nova York o Empire State Building é considerado o rei dos edifícios altos.
Paris detém o título do rei da moda, e em Estambul na Turquia, encontra-se a rainha das mesquistas, a chamada Mesquita Azul.
Em Moscou temos o rei dos teatros que é o Bolshoi e etc.
Na Cordilheira dos Andes temos sua majestade , o monte Aconcágua observando todo o sul do continente americano, enquanto que na Cordilheira do Himalaia, temos o rei Everest que jamais perderá sua nobreza!
No Rio de Janeiro, temos o Maracanã o rei dos estádios de futebol e ainda na França/Inglaterra o avião “ Concorde “, que ainda tem o título de majestade...
E como se não bastasse tantos soberanos, temos, ainda, o rei dos reis que é o perfume francês!!!
Se quiséssemos citaríamos aqui centenas de outros reis existentes no Faz de Conta, por este mundo afora....
E para encerrar o nosso comentário sobre o rei, e a força dessa palavra, não poderíamos deixar de fora o Brasil, onde temos um regime político presidencialista, mas continua reinando com força total o rei Pelé .
Miquito Mendes !!!
